Mesmo com os avanços tecnológicos, a troca de informações entre diferentes sistemas de saúde ainda é um obstáculo para a saúde no Brasil. E isso prejudica tanto os médicos quanto os pacientes, com atrasos no diagnóstico e tratamento, além de custos desnecessários.
A interoperabilidade na saúde é um grande desafio, mas também representa uma grande oportunidade para melhorar a qualidade do atendimento ao paciente e aumentar a eficiência do sistema.
Investir em tecnologia e treinamento, estabelecer regras claras de privacidade e segurança de dados, e promover uma cultura de colaboração são essenciais para superar esses desafios e tornar a interoperabilidade uma realidade na saúde em nosso país.
Neste artigo, vamos explicar detalhadamente como funciona a interoperabilidade, quais os desafios desta área em nosso país e apontar quais os caminhos para que ela avance cada vez mais.
Boa leitura!
O que é a interoperabilidade?
A interoperabilidade é a capacidade de diferentes sistemas de saúde se comunicarem e compartilharem informações de forma eficiente e segura. Isso significa que, por exemplo, um médico que trabalha em um hospital deve ser capaz de acessar informações do paciente que foram registradas em outro hospital, ou que foram coletadas em consultas com outros profissionais de saúde.
No entanto, essa troca de informações não é tão simples como parece. Os sistemas de saúde muitas vezes não foram projetados para se comunicarem, e as informações podem estar armazenadas de forma desorganizada e incompreensível. Além disso, há questões de segurança e privacidade dos dados que precisam ser levadas em consideração.
O resultado é um sistema de saúde fragmentado, no qual os profissionais de saúde não têm acesso às informações necessárias para tomar decisões bem-informadas, e os pacientes precisam repetir exames e procedimentos, aumentando os custos e atrasando o tratamento.
Segurança dos dados
A privacidade e a segurança dos dados são uma grande preocupação quando se trata de interoperabilidade na saúde. É importante estabelecer regras claras para garantir que as informações dos pacientes sejam mantidas em sigilo e protegidas contra o acesso não autorizado.
Para solucionar esse problema, é necessário investir em tecnologia e padronização de sistemas de saúde. Isso significa desenvolver sistemas que possam se comunicar entre si, usando padrões comuns de compartilhamento de dados, como o HL7 (a organização de padrões Health Level 7) e o FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resource). Também é necessário estabelecer regras claras de privacidade e segurança dos dados, para que os pacientes se sintam seguros em compartilhar suas informações de saúde.
Além disso, é importante que os profissionais de saúde sejam treinados para usar esses sistemas de forma eficiente e segura, e que os pacientes sejam informados sobre como suas informações de saúde serão compartilhadas e usadas.
Desafios da interoperabilidade
A interoperabilidade não é apenas um desafio técnico, mas também um desafio político e econômico. Muitas vezes, as empresas que desenvolvem sistemas de saúde não têm interesse em compartilhar suas informações com outras empresas, pois isso pode significar perda de mercado.
Por isso, é importante que o governo desempenhe um papel ativo na promoção da interoperabilidade, incentivando a padronização e criando políticas que favoreçam a troca de informações entre sistemas de saúde. Atualmente, as instituições de saúde possuem uma quantidade astronômica de dados de pacientes (dos dados demográficos a informações clínicas) sem uma estrutura de acesso eficiente e, o pior, em silos, com pouca ou nenhuma integração entre os sistemas de saúde.
O Brasil ainda enfrenta grandes desafios em relação à interoperabilidade na saúde. Um dos principais problemas é a falta de padronização e de sistemas compatíveis entre si. Muitas vezes, os sistemas de saúde não conseguem se comunicar entre si, o que leva à duplicação de exames e procedimentos, bem como à falta de informações críticas para o tratamento do paciente. A discussão sobre Open Health no país caminha nesse sentido, por exemplo.
Benefícios
É importante promover uma cultura de colaboração entre as diferentes instituições, ou seja, incentivar a troca de informações e a colaboração entre hospitais, clínicas e outras instituições de saúde. A colaboração pode levar a uma melhor coordenação do atendimento ao paciente, bem como a uma redução nos custos de saúde.
Hospitais, laboratórios, operadoras e outros players da saúde olham para o paciente como uma fotografia, uma vez que a informação está fragmentada em seus sistemas: cada passagem do paciente pela assistência é vista de forma isolada, trazendo uma grande dificuldade para associar a história clínica aos antecedentes do paciente.
Com a interoperabilidade, o paciente passa a ser visto como um filme: as diversas cenas desse filme juntam-se nos sistemas possibilitando um cuidado coordenado.
Sistemas de saúde que se comunicam de forma eficiente e segura, dão aos profissionais da área acesso a informações mais completas e precisas sobre seus pacientes. Com uma visão completa e atualizada do histórico médico de um paciente, o tratamento será mais preciso, eficaz e personalizado.
Os pacientes, por sua vez, terão uma experiência mais integrada e personalizada em sua jornada de saúde. A qualidade do atendimento irá evoluir, e os custos de saúde irão baixar, possibilitando uma maior eficiência do sistema de saúde.
Custos desnecessários no sistema de saúde, como a repetição de exames e procedimentos, e uma melhor gestão de recursos, como leitos e equipamentos médicos, são possíveis com a interoperabilidade.
É muito importante que o Brasil invista na interoperabilidade como uma prioridade na saúde. Isso significa investir em tecnologia e treinamento, estabelecer regras claras de privacidade e segurança de dados, e promover uma cultura de colaboração entre as diferentes instituições de saúde do país.
Agora que você já sabe a importância…
Como você viu, a interoperabilidade beneficia tanto os players quanto os pacientes e é um passo extremamente importante para a área da saúde no Brasil.
Nosso país ainda precisa investir na qualificação de profissionais e na disseminação das vantagens desse serviço para que mais pessoas desfrutem da praticidade e agilidade oferecidas pela interoperabilidade.
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Esperamos que esse artigo tenha ajudado você. Continue conferindo os outros conteúdos no Blog da CTC.