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Em nosso blog, explicamos um pouco da necessidade de se compartilhar dados e destacamos o futuro da interoperabilidade de dados na saúde no Brasil.

Agora chegou a vez de falar sobre o padrão FHIR, da sigla em inglês “Fast Healthcare Interoperability Resources”, que em uma tradução literal significa “Recursos rápidos de interoperabilidade de cuidados de saúde”. Ele garante que dados sejam convertidos no padrão publicado pelo HL7 (a organização de padrões Health Level 7) e trafeguem de forma padronizada.

Esse monte de siglas pode ter te deixado confuso, mas se continuar rolando a página para baixo vai conseguir entender perfeitamente o que é e como funciona este padrão.

E, claro, qual a importância do FHIR para o compartilhamento seguro de dados.

Boa leitura!

O que é FHIR?

O significado literal você sabe. O FHIR é uma especificação, um padrão. Ele possui itens chamados de “recursos” que podem ser empregados para que a interoperabilidade de sistemas de informação aconteça.

Esses recursos são utilizados para recolher as informações sobre os pacientes, garantindo a segurança destas informações. Os conteúdos, como a idade, a localidade e o histórico do paciente estão distribuídos ao longo dos recursos documentados no FHIR.

Situação no Brasil

O HL7 International e sua afiliada brasileira, HL7 Brasil, entidades sem fins lucrativos, trabalham continuamente para que implementações de interoperabilidade na saúde aconteçam da melhor maneira possível. A Afiliada tem o objetivo principal de promover o conhecimento e adoção no país dos padrões desenvolvidos em nível internacional pelo HL7 para a interoperabilidade, além de adaptá-los às condições e à realidade dos sistemas desenvolvidos no Brasil.

Esse conjunto de normas desenvolvido para essa troca de dados na saúde garante que a comunicação entre duas pontas está sendo feita da mesma forma e do mesmo padrão.

O HL7 Brasil é quem atende a demanda de implantação de FHIR no mercado brasileiro, que precisa formar uma comunidade com atores capacitados para atender às novas exigências da sociedade para troca de dados em saúde que exige a interoperabilidade e a portabilidade de dados como requisito de negócio.

Por isso, o padrão de interoperabilidade utilizado ficou conhecido como HL7® FHIR.

Segurança dos dados

Esses padrões comuns de compartilhamento garantem que a privacidade e a segurança dos dados sejam garantidas. Eles estabelecem regras claras para que as informações dos pacientes sejam mantidas em sigilo e protegidas contra o acesso não autorizado.

Eles resolvem uma dificuldade enorme para atender a um requisito de pronto acesso à informação. A recuperação do que está armazenado envolve alto grau de complexidade da representação do conhecimento, heterogeneidade de bancos de dados, dados de alto grau de privacidade e, sempre, questões de segurança.

Por isso, o HL7® FHIR é extremamente importante para que o compartilhamento de dados siga avançando. Em algum momento, não muito distante, será exigido que as informações estejam acessíveis para o sistema de saúde em geral. Assim como está acontecendo com o open banking, os pacientes serão o banco dos dados.

Caso o acesso das healthtechs seja permitido, uma série de benefícios são possíveis, desde descontos no plano de saúde até melhorias no atendimento. Por exemplo, se você for alérgico a determinado medicamento e estiver desacordado, os médicos terão acesso a esta informação e não irão utilizar determinado remédio.

O HL7® FHIR no país

O Brasil começou a curva mais ascendente da utilização destes recursos porque a pandemia mostrou a necessidade de ter esses dados de forma integrada, olhando o paciente de forma mais abrangente, já que a experiência mostra que muitos precisaram ser tratados em outros centros de saúde (não o mesmo em que estavam). E o acesso à informação permite o diagnóstico e a assistência de forma mais rápida.

E já existe uma plataforma brasileira de integração e interoperabilidade para conectar healthtechs e instituições de saúde, de grandes hospitais e laboratórios a pequenas e médias empresas do setor. Em um mesmo ecossistema digital, ela coloca todos os players interessados em trocar dados de pacientes.

Essa plataforma chama-se FastComm

Ele adota uma estratégia importante para minimizar a heterogeneidade de dados, com a adoção de padrão de interoperabilidade HL7® FHIR, dinâmico e em evolução. Esse é um padrão de troca de dados que dá suporte aos sistemas de informação mais modernos do mundo, com suporte e anuência de entidades como a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Seguindo à risca as regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), este padrão conta com microsserviços isolados e o streaming de dados é autenticado e criptografado em cada requisição entre sistemas e repositórios. Escolhido pela RNDS (Rede Nacional de Dados de Saúde), plataforma brasileira de troca de dados em saúde, também é adotado pelo ConecteSUS, abrangendo todos os dados do SUS (Sistema Único de Saúde).

Na arquitetura do software, o indispensável interceptador de segurança procura resolver as questões de consentimento, que podem estar em vários níveis. Além disso, a ferramenta roda na nuvem e não depende de sistemas que estão fisicamente em um único lugar. É um software as a service, entregando interoperabilidade com serviço.

Outra característica de destaque do FastComm é o mapeador de dados em low-code, uma resposta ao problema de manter uma equipe de integração dentro da instituição. Facilitam-se as integrações a partir de telas intuitivas e fáceis de serem manipuladas, para evitar que a instituição tenha que manter programadores dentro de casa. O mapeamento de dados e criação de conectores é uma característica embutida do FastComm.

Agora que você já sabe a importância…

Venha colaborar com a transformação digital na saúde! Em breve, será possível quebrar barreiras geográficas, dar mais flexibilidade para o setor e reduzir os gargalos de alta demanda enfrentados pelo SUS e pelos planos de saúde, que também enfrentam este problema – tudo isso graças a essa grande tendência mundial na saúde, que é a interoperabilidade.

Não há dúvidas de que o FastComm será um passo determinante neste caminho.

Se você quiser saber mais sobre esta outra de nossas soluções, entre em contato com a gente.

Esperamos que esse artigo tenha ajudado você. Continue conferindo os outros conteúdos no Blog da CTC.