A interoperabilidade tem revolucionado a tecnologia na saúde, marcando presença essencial no cotidiano dos profissionais deste setor. Afinal, ela é um conceito-chave na efetivação de processos, permitindo a comunicação integrada entre diferentes sistemas e aplicativos.
Nesse sentido, médicos, enfermeiros e profissionais de saúde, em geral, precisam compreender a interoperabilidade. Dessa forma, é possível melhorar a prestação de cuidados, propiciar um atendimento mais eficaz e garantir a segurança dos dados dos pacientes.
Além disso, conhecer profundamente a interoperabilidade possibilita o entendimento de como ela direciona o compartilhamento e a utilização de informações, impactando diretamente na qualidade da saúde oferecida à população.
Portanto, é fundamental aprofundar-se neste assunto, entendendo suas nuances, desafios e benefícios. Por isso, a CTC preparou este conteúdo exclusivo para que você conheça a definição de interoperabilidade, e seu impacto na troca de informações dos médicos.
Acompanhe!
O que é interoperabilidade?
Interoperabilidade é a capacidade de dois ou mais sistemas ou componentes de trocar informações e utilizá-las.
Sobretudo, no âmbito da saúde, é um conceito-chave relacionado à capacidade dos sistemas de saúde de trabalhar juntos, dentro e entre organizações de saúde.
Na prática, isso significa que todos os envolvidos no atendimento ao paciente possam acessar e compartilhar informações de saúde eletrônicas (EHI), independentemente do software de saúde ou do fornecedor do sistema utilizado.
Nesse sentido, fatores como compatibilidade de dados, normas comuns e segurança das informações são fundamentais para promover a interoperabilidade.
Sendo assim, aplicada à saúde, a interoperabilidade ajuda a aprimorar a colaboração entre diversos sistemas de saúde, permitindo a compilação e disponibilidade de dados médicos de pacientes para facilitar o diagnóstico e o tratamento.
Além disso, permite a criação de um registro de saúde eletrônico integrado e contínuo, que acompanha o paciente além das fronteiras das instituições de saúde. Isso reduz a duplicação de exames, evita erros médicos e melhora a qualidade do atendimento ao paciente.
Assim, para melhor compreender a sua importância, lembre-se de que a saúde é um campo no qual a precisão e a rapidez nas trocas de informações podem ser decisivas para salvaguardar vidas. O uso eficiente e eficaz da interoperabilidade é, portanto, crucial no setor de saúde.
Padrões de interoperabilidade em saúde
Para garantir que a interoperabilidade funcione de maneira eficiente no setor da saúde, é essencial adotar determinados padrões.
Isso porque esses padrões ajudam a assegurar que todos os sistemas envolvidos falem a mesma “linguagem”, Inclusive, isso permite que as informações médicas sejam transferidas de forma precisa e segura entre diferentes entidades e plataformas de saúde.
Entenda como funcionam esses padrões logo abaixo!
Padrões para troca de informações médicas
Os padrões de interoperabilidade para a troca de informações médicas proporcionam diretrizes rigorosas para garantir a precisão, a autenticidade e a segurança dos dados médicos durante o processo de troca.
O HL7 (Health Level Seven International) é um exemplo de um conjunto padrão reconhecido internacionalmente que orienta a troca, integração e partilha de informações de saúde eletrônicas.
Outros padrões notáveis incluem o DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) para imagens médicas e o SNOMED-CT para a codificação de dados de saúde.
Padrões para prontuários eletrônicos
Na esfera dos prontuários eletrônicos, padrões específicos de interoperabilidade são empregados para promover o compartilhamento transparente e seguro de registros de saúde dos pacientes.
O CDA (Clinical Document Architecture) é um dos padrões extensivamente utilizados para o intercâmbio de documentos clínicos. Ele estabelece regras claras para estruturar os prontuários eletrônicos de modo que possam ser facilmente compartilhados ou extraídos entre diferentes sistemas de saúde.
O FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resources) é outro padrão influente. Ele oferece especificações detalhadas para o intercâmbio de prontuários eletrônicos com alta compatibilidade e usabilidade.
Em vista disso, a adoção de padrões de interoperabilidade é um critério indispensável para conseguir uma comunicação eficaz e segura entre os sistemas de prontuários eletrônicos e outras aplicações médicas.
Esses padrões melhoram a eficiência do cuidado médico, aumentando a capacidade dos profissionais de saúde tomarem decisões informadas, reduzindo redundâncias e melhorando a experiência do paciente.
O impacto da interoperabilidade na troca de informações na saúde
A interoperabilidade tem um impacto significativo na troca de informações em saúde. Já que a saúde é uma área que envolve vários profissionais e configurações de atendimento, a troca de informações é fundamental para garantir uma assistência eficaz e segura.
Para que isso ocorra da maneira mais suave e produtiva possível, a interoperabilidade é fundamental.
Desafios na troca de informações médicas
Entretanto, a troca de informações médicas enfrenta diversos desafios. Em primeiro lugar, há a questão da segurança e privacidade dos dados do paciente, que devem ser protegidos em todas as trocas de informações.
Políticas e protocolos adequados de segurança de dados devem ser implementados, o que pode ser complexo e oneroso para alguns provedores de atendimento.
Além disso, a disparidade entre diferentes sistemas e tecnologias pode levar a problemas de compatibilidade, dificultando a troca de informações de maneira eficaz.
Muitos sistemas ainda utilizam formatos e padrões antigos, o que pode inibir a integração completa e, subsequentemente, uma interoperabilidade eficaz. Por outro lado, a interoperabilidade tem um papel crucial na adoção de prontuários eletrônicos.
A capacidade de compartilhar informações de maneira segura e eficaz entre diferentes sistemas é uma virada de jogo para médicos e outros profissionais de saúde.
Como a interoperabilidade afeta a adoção de prontuários eletrônicos?
Por outro lado, a interoperabilidade tem um papel crucial na adoção de prontuários eletrônicos. A capacidade de compartilhar informações de maneira segura e eficaz entre diferentes sistemas é uma virada de jogo para médicos e outros profissionais de saúde.
Prontuários eletrônicos interoperáveis permitem que eles acessem informações completas e precisas dos pacientes a qualquer momento e de qualquer lugar, facilitando decisões de atendimento informadas.
Os prontuários eletrônicos interoperáveis também são benéficos para os pacientes, já que permitem que seus registros médicos sejam acessados por qualquer médico ou hospital que possa precisar deles.
Isso é particularmente útil em situações de emergência, onde o tempo é crucial e a obtenção de informações médicas completas pode significar a diferença entre a vida e a morte.
Em suma, embora a implementação plena da interoperabilidade possa enfrentar desafios significativos, seu impacto potencial na troca de informações em saúde é inegável.
Ao facilitar o compartilhamento seguro e eficiente de informações, pode melhorar o atendimento ao paciente, proporcionar mais eficiência aos profissionais de saúde e impulsionar a adoção de prontuários eletrônicos.
O caminho para atingir este potencial pode não ser fácil, mas os benefícios que a interoperabilidade pode trazer para a saúde são enormes e certamente vale a pena o esforço.
Legislação e regulamentação da interoperabilidade em saúde no Brasil
A legislação e regulamentação no Brasil são fatores preponderantes na governança da interoperabilidade em saúde. Diversos marcos legais e regulatórios têm como objetivo assegurar a adoção de sistemas interoperáveis que protejam a segurança dos dados dos pacientes.
Um dos principais marcos regulatórios no contexto brasileiro é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que se aplica à coleta, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, inclusive dados de saúde.
Ela exige que organizações de atendimento de saúde implementem medidas adequadas para proteger a privacidade e a segurança dos dados dos pacientes.
Além disso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) regulam o uso de tecnologia na saúde, impondo regras para troca de informações médicas e práticas de segurança da informação.
Vale destacar que a legislação no Brasil tem um impacto significativo na segurança dos dados do paciente.
Afinal, uma lei bem estruturada e regulamentada traz uma abordagem mais robusta e detalhista para a privacidade e segurança do paciente, além de proporcionar diretrizes claras para as instituições de saúde seguirem.
Aliás, elas não só estabelecem o tipo de segurança e privacidade para proteger os dados dos pacientes. Mas, orientam sobre compartilhamento e utilização, reduzindo assim os riscos de vazamento ou uso inadequado dos dados.
Assim, fica evidente que o sucesso da interoperabilidade em saúde no Brasil está intrinsecamente ligado ao quadro legal e regulatório existente.
De toda forma, para assegurar que a saúde digital seja implementada de maneira eficiente e segura, é fundamental que a legislação continue evoluindo, para manter o ritmo com as mudanças na tecnologia e as necessidades dos pacientes e profissionais de saúde.
Ao fazer isso, a legislação pode continuar a ser uma força orientadora para uma maior segurança, eficiência e eficácia no sistema de saúde brasileiro.
Tendências futuras na interoperabilidade em saúde
À medida que a tecnologia evolui, a interoperabilidade na saúde continuará a se transformar também. Várias tendências emergentes estão tornando a comunicação entre os diferentes sistemas de saúde mais ágil e segura.
Uma dessas tendências é o uso de Inteligência Artificial (IA) para melhorar a capacidade de análise e troca de dados de saúde. A IA pode ser utilizada para correlação de dados, análise de tendências e previsão de resultados com base em grande quantidade de informações de saúde.
Esses recursos permitem prestar atendimentos mais precisos, melhorando decisões clínicas e contribuindo para um cuidado preventivo mais eficiente. Outra tendência é a utilização da tecnologia blockchain para resguardar e compartilhar informações de saúde.
O blockchain pode oferecer uma forma segura e descentralizada de armazenar e compartilhar dados de saúde, promovendo uma melhor confidencialidade e integridade dos dados.
A adoção de APIs de saúde, como a norma FHIR, é outra tendência promissora. APIs são interfaces que permitem a interação eficiente entre diferentes sistemas de software.
O uso da norma FHIR facilita a criação de soluções de saúde digitais interoperáveis, propiciando maior capacidade de compartilhar e integrar informações de saúde.
Obstáculos de compatibilidade e funcionalidade das ferramentas tecnológicas
Apesar dessas tendências promissoras, existem obstáculos significativos que precisam ser superados para se alcançar uma interoperabilidade total. Um desses desafios é a compatibilidade entre diferentes sistemas e ferramentas tecnológicas.
Muitos sistemas de saúde ainda operam com tecnologias antiquadas que não são compatíveis com soluções mais modernas, o que dificulta a comunicação e a troca de dados. Além disso, a funcionalidade das ferramentas tecnológicas também pode ser um obstáculo.
Algumas ferramentas podem não ter a capacidade de lidar com o volume ou a complexidade dos dados de saúde necessários, ou não possuem os recursos necessários para proteger adequadamente a segurança e a privacidade dos dados.
Outro desafio fundamental é a falta de um quadro regulatório unificado para a interoperabilidade em saúde. Diferentes jurisdições têm regulamentos diferentes, o que torna difícil a criação de sistemas interoperáveis que cumpram com todas as leis e regulamentações aplicáveis.
Para superar esses desafios, é necessário continuar a investir na modernização e aprimoramento de sistemas de saúde, bem como na formação e educação de profissionais de saúde para que possam utilizar efetivamente as ferramentas disponíveis.
Adicionalmente, é fundamental que os reguladores continuem a desenvolver e a atualizar os regulamentos para garantir que a troca de informações em saúde ocorra de maneira segura e eficiente. Em resumo, embora existam desafios, o futuro da saúde interoperável parece promissor.
Através do avanço tecnológico e da superação de obstáculos de compatibilidade e funcionalidade, a interoperabilidade pode desempenhar um papel cada vez mais importante em fornecer cuidados de saúde de alta qualidade e seguros para todos.
Conte com a CTC e implemente soluções tecnológicas que trabalham em conjunto na área da saúde
Como visto, a interoperabilidade é fundamental na transformação da tecnologia na saúde, possibilitando a integração eficiente de diversas soluções tecnológicas.
De toda forma, apesar dos desafios presentes na troca de dados e na compatibilidade dos sistemas, as perspectivas futuras indicam avanços promissores na interoperabilidade.
Mas, com a CTC, você pode dar o primeiro passo para um futuro de interoperabilidade e criar um ecossistema conectado e unificado de todos os seus sistemas hospitalares.
Isso porque a plataforma de integração e interoperabilidade de dados da CTC, ou seja, a FastComm, mapeia a base de dados de origem de forma rápida e ágil, traduzindo automaticamente para o padrão HL7FHIR, através do engine de transformação totalmente low code.
Entre em contato hoje mesmo e veja como a experiência e conhecimento da CTC auxiliam na sua jornada pela saúde digital. Afinal, a CTC aprimora a interoperabilidade para o futuro da saúde.
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