Um dos conceitos mais populares em inovação é o de empresas disruptivas, que apesar de ser associada a inovação, significa mais do que isso.
O termo “empresas disruptivas” representa uma mentalidade executiva atenta a mudanças e a adaptação da empresa no mercado. E mesmo tendo sido identificado em empresas anteriormente, foi utilizado pela primeira vez em 2015 em um artigo de Clayton M. Christensen, juntamente com outros professores da Harvard Business School.
No artigo, Christensen elaborou que o que faz uma empresa ser disruptiva é ser capaz de competir num mesmo setor com outras consolidadas, usando processos inovadores que geram produtos bons e mais acessíveis.
Basicamente, empresas disruptivas rompem com a mentalidade vigente em um determinado campo. Geralmente esse processo é realizado dentro de um modelo de negócio exponencial, ou seja, em empresas com um crescimento acima da média em pouco tempo. Para isso, elas, por meio da tecnologia, propõem mudanças significativas no seu setor e possuem uma forte cultura baseada em engajamento tanto interno como externo, estando atentas às mudanças no mercado.
Outra característica marcante desse processo é a utilização de mão de obra externa, por meio de squads , por exemplo. Dessa forma, é possível compartilhar dados e experimentos em equipes conectadas, entretanto, independentes. E permeando esse processo está o Customer Experience, que procura satisfazer as necessidades do consumidor e diminuir seus.
Para se tornar uma disruptiva, a empresa passa, geralmente, por 4 etapas principais:
1 – Detectável – Uma empresa relativamente consolidada em seu mercado na qual seu core business é a sua principal fonte de lucro. E que devido a uma gerência capaz de prever mudanças de cenário e assertiva entre ideias inovadoras, investem em tendências cuidadosamente escolhidas, que têm a maior possibilidade de revolucionar o mercado, mesmo sem a necessidade.
2 – Claro – O modelo experimental começa a requerer mais investimentos, tanto financeiros como de cultura, fazendo com que a empresa aja contra os interesses do mercado ou até mesmo do seu core business. Contudo, a tendência se mostra mais clara no mercado, então a empresa opta por perseverar na sua continuidade.
3 – Inevitável – A mentalidade atrelada àquele modelo já ganha fama junto ao público. Contudo, ao mesmo tempo que o novo modelo cresce, o modelo em vigência começa a cair. Por isso, muitas empresas se sentem pressionadas a focar seus esforços e investimentos no modelo atual. Aqui é fundamental que a gerência mantenha sua visão e remaneje recursos nas inovações, apesar das pressões.
4 – Normalizável – A tendência se torna realidade e o novo modelo está claramente suplantando o anterior. Mas, mesmo assim, a gerência pode permanecer receosa, uma vez que o lucro geralmente é menor e há grande incerteza dos novos processos em vigência. Porém, uma mudança em sua cultura e aceitação da mudança do setor a mantém em seu foco.
A disrupção é um processo que está atrelado à inovação e perseverança de empresas dentro do seu meio de atuação.
Muitas empresas falharam no processo de disrupção, porém, essa falha motivada por receios da inovação, tende a diminuir custos, criar oportunidades e estar focada no mercado. Dessa forma, para tornar sua empresa disruptiva, seu principal recurso é a comunicação. Não apenas com o seu mercado, mas com o seu público, pois ele será a principal fonte para desenvolver produtos rentáveis e acessíveis.
Ter uma gerência inovadora e ousada, mas realista e pautada em dados é fundamental. O resultado é a perseverança de empresas durante verdadeiras revoluções em seus setores.
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