Você está familiarizado com o padrão HL7 FHIR (Health Level 7 – Fast Healthcare Interoperability Resources)?
Afinal, este padrão, conhecido pela sigla em inglês “Fast Healthcare Interoperability Resources”, garante a conversão de dados de saúde para o padrão estabelecido pela HL7, organização de padrões de saúde.
Assim, com os avanços tecnológicos na área da saúde, o volume de dados disponíveis para cuidados médicos aumentou consideravelmente, tornando-se mais distribuído e heterogêneo.
Nesse contexto, o HL7 FHIR surge como uma solução para a interoperabilidade dessas informações, de forma rápida e eficiente.
Isso porque, além de melhorar a qualidade da assistência médica, permitindo o acesso a informações relevantes como diagnósticos e históricos clínicos, esse padrão também agiliza e torna mais eficientes os processos de saúde.
Isso beneficia não apenas instituições de saúde, mas também profissionais, fornecedores e indivíduos envolvidos no sistema de atendimento e acompanhamento da saúde.
Por isso, este artigo irá mostrar suas características principais e como ele pode beneficiar o setor da saúde.
Vamos discutir as vantagens de sua implementação e a importância da integração de sistemas de saúde. Continue lendo para obter uma compreensão mais profunda sobre este tema crucial.
O que é o padrão HL7 FHIR?
O padrão HL7 FHIR (Health Level Seven International – Fast Healthcare Interoperability Resources) é uma parte fundamental do ecossistema de comunicação em saúde.
A sigla HL7 refere-se ao sétimo nível do modelo de comunicações em sete camadas da ISO (Organização Internacional para Padronização) para OSI (Interconexão de Sistemas Abertos).
Fundada em 1987, essa organização sem fins lucrativos tem o objetivo de fornecer uma estrutura abrangente e padrões relacionados para a integração, compartilhamento e recuperação de informações eletrônicas na área da saúde.
Contando com o apoio de mais de 1.600 membros em mais de 50 países, o HL7 inclui mais de 500 membros corporativos. Por isso, representa diversos setores, como provedores de saúde, instituições governamentais, empresas farmacêuticas e organizações de consultoria.
O FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resources) é um padrão de código aberto desenvolvido pela comunidade HL7 International.
Completando uma década de desenvolvimento e implementação em dezembro de 2021, o FHIR tornou-se amplamente adotado por sua eficácia na interoperabilidade de informações de saúde em diversos contextos e sistemas.
HL7 FHIR: situação no Brasil
O HL7 International e sua afiliada brasileira, HL7 Brasil, entidades sem fins lucrativos, trabalham continuamente para que implementações de interoperabilidade na saúde aconteçam da melhor maneira possível.
A afiliada tem o objetivo principal de promover o conhecimento e adoção no país dos padrões desenvolvidos em nível internacional pelo HL7 para a interoperabilidade, além de adaptá-los às condições e à realidade dos sistemas desenvolvidos no Brasil.
Esse conjunto de normas desenvolvido para essa troca de dados na saúde garante que a comunicação entre duas pontas está sendo feita da mesma forma e do mesmo padrão.
O HL7 Brasil é quem atende a demanda de implantação de FHIR no mercado brasileiro, que precisa formar uma comunidade com atores capacitados para atender às novas exigências da sociedade.
Ou seja, para a troca de dados em saúde que exige a interoperabilidade e a portabilidade de dados, como requisito de negócio. Por isso, o padrão de interoperabilidade utilizado ficou conhecido como HL7® FHIR.
Principais características do padrão HL7 FHIR?
O padrão HL7 FHIR possui características distintas que o destacam como uma ferramenta fundamental no âmbito da saúde.
Especialmente desenvolvido para esse contexto, o FHIR é considerado pelos especialistas como o padrão mais promissor da HL7, com potencial para ampla implementação.
Uma de suas principais características é sua flexibilidade e facilidade de implementação. Isso se deve ao seu modelo granular e simplificado para troca de dados em saúde, que contrasta com a rigidez do fluxo de trabalho tradicional do HL7.
O FHIR define tanto os protocolos de transmissão, como REST e SOAP, quanto os formatos de conteúdo, incluindo JSON, XML e RDF.
Além disso, o FHIR adota uma abordagem voltada para a maioria dos casos comuns, em vez de focar nas exceções, seguindo o princípio de Pareto. Ele atende a necessidades reais do setor, incluindo aplicações em nuvem, integração de dispositivos médicos e fluxos de trabalho flexíveis e personalizados.
Essa abordagem pragmática e centrada nas necessidades reais de saúde torna o FHIR uma ferramenta verdadeiramente útil, impulsionando avanços na interoperabilidade entre sistemas e equipamentos médicos, o que resulta em benefícios significativos para o setor da saúde.
Vantagens do padrão HL7 FHIR?
O padrão HL7 FHIR oferece uma série de vantagens significativas que impulsionam a interoperabilidade e a eficácia na troca de informações de saúde.
Ao analisar as especificações do Integrating the Healthcare Enterprise (IHE), especialmente no que diz respeito ao intercâmbio de documentos, podemos destacar os seguintes benefícios das mensagens no padrão HL7:
- Desenvolvimento ágil: Facilita o desenvolvimento de soluções de forma simples e rápida, com disponibilidade de ferramentas de desenvolvimento e tempo reduzido;
- Eficiência em grandes volumes de dados: É adequado para lidar com grandes volumes de transações de dados, com interpretadores otimizados e baixo overhead de caracteres de codificação;
- Coleta de informações baseada em gatilhos: Permite a coleta de informações baseada em gatilhos e ações, facilitando a comunicação entre parceiros comerciais e sistemas pré-estabelecidos com autenticação;
- Gestão eficiente da interoperabilidade: Facilita a gestão da interoperabilidade através da internet, fornecendo uma visão holística para consultas em todos os recursos e viabilizando tomada de decisões ágeis;
- Acesso a dados no nível de objeto: Oferece acesso a dados no nível de objeto em forma de recursos, o que simplifica a interação com diferentes tipos de dados em uma transação;
- Interoperabilidade facilitada: Permite que as organizações executem a interoperação de dados clínicos, financeiros e operacionais de maneira facilitada, utilizando um padrão único.
Em resumo, as principais vantagens do padrão HL7 FHIR incluem o estabelecimento de uma especificação comum para compartilhamento de informações entre profissionais de saúde.
Dessa forma, ele facilita o desenvolvimento de aplicativos e promove melhorias na prestação de cuidados de saúde, alinhadas com iniciativas como cuidados baseados em valor.
A importância do HL7 FHIR na saúde digital
O HL7 FHIR representa um marco na evolução da saúde digital, sendo um padrão internacional desenvolvido pela Health Level Seven International (HL7), uma organização sem fins lucrativos dedicada à promoção e implementação de padrões de interoperabilidade na área da saúde.
Seu objetivo principal é facilitar a troca de informações entre sistemas de saúde diversos, fomentando a integração e colaboração entre instituições médicas. Assim, a adoção do HL7 FHIR traz uma série de benefícios significativos para o setor de saúde:
- Eficiência na troca de informações: Facilita a comunicação entre diferentes sistemas de saúde, reduzindo erros e agilizando o acesso às informações dos pacientes;
- Melhoria na qualidade dos cuidados: Proporciona aos profissionais de saúde acesso a informações precisas e atualizadas sobre os pacientes, possibilitando um atendimento mais eficaz e personalizado;
- Estímulo à inovação: Promove o desenvolvimento de soluções e serviços inovadores na área da saúde digital, impulsionando avanços tecnológicos e melhores práticas clínicas;
- Conformidade com regulamentações: Ajuda as instituições de saúde a se manterem em conformidade com regulamentações de privacidade e proteção de dados. Um exemplo é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil.
Esses benefícios destacam a importância do HL7 FHIR como uma ferramenta essencial para impulsionar a transformação digital no setor de saúde e melhorar os resultados para pacientes e profissionais da área.
Plataforma brasileira com padrão de interoperabilidade HL7® FHIR
Já existe uma plataforma brasileira de integração e interoperabilidade para conectar healthtechs e instituições de saúde, de grandes hospitais e laboratórios a pequenas e médias empresas do setor.
Em um mesmo ecossistema digital, ela coloca todos os players interessados em trocar dados de pacientes. Essa plataforma chama-se FastComm, da CTC.
FastComm e suas funcionalidades
Ele adota uma estratégia importante para minimizar a heterogeneidade de dados, com a adoção de padrão de interoperabilidade HL7® FHIR, dinâmico e em evolução.
Nesse sentido, esse é um padrão de troca de dados que dá suporte aos sistemas de informação mais modernos do mundo, com suporte e anuência de entidades como a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Sendo assim, seguindo à risca as regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), este padrão conta com microsserviços isolados. Ainda, o streaming de dados é autenticado e criptografado em cada requisição entre sistemas e repositórios.
Escolhido pela RNDS (Rede Nacional de Dados de Saúde), plataforma brasileira de troca de dados em saúde, também é adotado pelo ConecteSUS, abrangendo todos os dados do SUS (Sistema Único de Saúde).
Na arquitetura do software, o indispensável interceptador de segurança procura resolver as questões de consentimento, que podem estar em vários níveis.
Além disso, a ferramenta roda na nuvem e não depende de sistemas que estão fisicamente em um único lugar. É um software as a service, entregando interoperabilidade com serviço.
Inclusive, outra característica de destaque do FastComm é o mapeador de dados em low-code. Ou seja, uma resposta ao problema de manter uma equipe de integração dentro da instituição.
Dessa forma, facilitam-se as integrações a partir de telas intuitivas e fáceis de serem manipuladas, para evitar que a instituição tenha que manter programadores dentro de casa.
Conte com a CTC para integrar dados dos sistemas de saúde
Em suma, o padrão HL7 FHIR representa um avanço significativo na área da saúde, fornecendo uma estrutura robusta para a troca de informações de forma eficiente e interoperável.
Sendo assim, sua adoção é essencial para garantir que profissionais de saúde e instituições tenham acesso a dados precisos e atualizados. Dessa forma, é possível promover uma gestão mais eficaz da saúde em nível internacional.
Portanto, venha colaborar com a transformação digital na saúde! Quebre barreiras geográficas, dando mais flexibilidade para o setor. Além disso, reduzir os gargalos de alta demanda enfrentados pelo SUS e pelos planos de saúde, que também enfrentam este problema
Entre em contato com o time de especialistas da CTC e conheça a melhor solução para o seu negócio.
Esperamos que esse artigo tenha ajudado você. Continue conferindo os outros conteúdos no Blog da CTC!